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PASTORAL 1947

PASTORAL – 1947

Rev. Alfredo Alípio do Vale

            Amados irmãos no Senhor:

            “Rogo-vos, porém, irmãos, que suporteis a palavra desta exortação” (Hb 13.22)

            Na qualidade de Concílio Supremo de nossa amada Igreja Presbiteriana Conservadora do Brasil, vimos trazer aos vossos corações e consciências, recomendações necessárias à vossa vida espiritual, esperando que sejais ouvintes atenciosos e não esquecidos, cumpridores dos deveres, tudo fazendo para o bom nome da sublime Causa de nosso adorável Salvador, sob cuja bandeira doutrinária erguemos os princípios invariáveis da ortodoxia cristã.

ANALFABETISMO
O analfabetismo constitui, para um povo, uma das causas de sua decadência social, aliada a um complexo de inferioridade, que prejudica o progresso da nação, colocando-a à retaguarda da civilização e entravando o seu desenvolvimento em todas as esferas: social, econômica e religiosa. Houve época em que se criminava o Romanismo como causa preponderante do analfabetismo no Brasil, pois, através da história, é conhecido o método posto em prática por esse sistema religioso, a fim de trazer os seus adeptos subjugados à ignorância, no que diz respeito ao problema religioso, a exemplo do que tem feito em outros países escravizados pelo analfabetismo. Esse testemunho tem sido dado por escritores nacionais e estrangeiros. Felizmente, algo de valor se tem feito para eliminar o analfabetismo de elementos que procedem de outros credos e se filiam em nossas igrejas locais. É preciso que desapareça o analfabetismo dentro do protestantismo. Eficazes campanhas têm sido feitas contra o analfabetismo. Cumpre aos pastores e dirigentes das igrejas de nossa denominação, chamar a atenção para o perigo dos males provenientes do analfabetismo dentro e fora de nossas coletividades religiosas. Deve essa campanha ser construtiva e, assim, muito lucrará o ambiente em que vivemos, infeccionado de males sociais que outra coisa não são, senão o poder do pecado no coração humano, cego pela ignorância que se revela de modo assombroso, desrespeitando as leis humanas e divinas. Sim, é preciso combater sem intermitência o analfabetismo, promovendo a instrução, empregando os meios necessários à sal difusão. Acusemos o Romanismo como fator principal do analfabetismo no Brasil, porém fechemos as portas dos lares evangélicos a esse mal que tem retardado o progresso e a educação de nossa gente brasileira. No Cristianismo não deve haver pessoas analfabetas, salvo as que vêm de outros credos, trazendo este estigma que deverá ser extinto pela escola e pela religião. Instruir as crianças na Palavra de Deus é dever dos pais crentes, à semelhança de Eunice e Loide que educaram, como mãe e avó respectivamente, Timóteo nas Sagradas Letras. Entre os próprios pagãos, o analfabetismo foi condenado com toda veemência. O grande filósofo Platão assim se expressou: “Quereis diminuir os males da humanidade? Levai a luz a todos os espíritos”. Reconhecendo que os males não vêm somente em conseqüência da ignorância, mas também do estado de pecado em que vive a humanidade, concordamos com o pensamento do filósofo grego, pois, onde impera a ignorância, prepondera, em regra, o fanatismo supersticioso. Alfabetizar é derramar luz, é criar nova mentalidade para receber e compreender as doutrinas puras do Cristianismo. Nosso Redentor ordenou: “Ide, fazei discípulos.” Destruamos essa tara dos vêm de religiões opostas. Sua tolerância, entre nós, aberraria dos princípios em que se baseia a Reforma do século XVI, que pugnou pela instrução popular, pois a palavra de Martinho Lutero, o insigne reformador, foi: “Instruir as crianças é dever dos pais e dos magistrados; é um mandamento de Deus.” É necessário que a Igreja coopere com o Governo na ingente obra de alfabetização do Brasil, favorecendo, assim, a leitura do Livro Sagrado e preparando o povo com mentalidade digna de ser respeitada pelas nações que marcham na vanguarda da civilização. Almejemos um Brasil culto e primorosamente cristão!

O USO DA BÍBLIA NO TEMPLO E NO LAR

            NO TEMPLO – É interessante usar a Bíblia, levando-a para o culto e outras reuniões religiosas. Neste caso, convém não levá-la embrulhada ou disfarçada como um invólucro, nem substituí-la pela Revista da Escola Dominical. Se há razões para outras pessoas de outros credos usarem seus livros ou manuais quando comparecerem aos atos religiosos de suas agremiações, por maior motivo os evangélicos farão bem em conduzir suas Bíblias, não envoltas em papel, porém, descobertas, mostrando o seu dorso, revelando aos que os contemplam , o amor e interesse que têm de usar esse livro de Deus. Os crentes podem levar ao culto a Bíblia e acompanhar a leitura que o pregador fizer na parte de onde irá destacar o texto escolhido para o sermão. Quando vamos ao culto, não somos simples assistentes, porém, adoradores e, como tais, devemos ler ou ouvir, ler atentamente o Livro sobre o qual se baseia o culto espiritual tributado ao Senhor. Quem assim procede, colhe resultados magníficos da adoração prestada a nosso Pai e Criador de todas as coisas; ao passo que os meros assistentes, desatenciosos enquanto a Palavra de Deus é lida, se distraem, não raro, olhando para os outros ou em volta de si mesmos, faltando com o necessário respeito e atenção, quando Deus está falando a seu povo. Será edificante quando todos os crentes levarem para o culto divino o Livro com o qual deverão estar familiarizados, tornando-se seu companheiro indispensável em todas as circunstancias da vida, mormente no templo, a fim de se cumprir o desejo da alma piedosa e crente nas promessas e bênçãos divinas: “Uma coisa pedi ao Senhor e a buscarei: que possa morar na casa do Senhor todos os dias da minha vida, para contemplar a formosura do Senhor e aprender o seu santo templo.” (Sl 27.4)

            NO LAR – Sendo a Bíblia a Palavra de Deus e a única regra de fé e prática do verdadeiro cristão, deve ser manuseada diariamente. A leitura assídua do Livro Sagrado serve de alimento espiritual para a alma do crente. O crescimento religioso depende, em grande parte, da leitura constante dos ensinos da Revelação Divina. O manuseio da Bíblia no culto doméstico e nas horas de meditações e orações melhora o estado espiritual da alma crente. É uma bênção fazer, do livro de Deus, um companheiro em todos os passos da vida. Senhoras e senhoritas quando viajam costumam levar tudo quanto é necessário à sua maquiagem, a fim de melhorar o aspecto físico; no entanto, não conduzem a Bíblia, o livro que contribui para embelezar o caráter cristão! Ficou o Livro em casa, dentro de uma gaveta, de uma estante ou sobre a mesa. Na educação religiosa que se deve processar no lar, se adquire a experiência de amar a Bíblia durante toda a vida, conservando os seus ensinos no coração para a santificação, “sem a qual ninguém verá o Senhor”. Haja, ao menos, uma Bíblia em cada lar. No próprio lar das pessoas analfabetas, deve existir a Bíblia, para ser lida pelos pastores, oficiais e outros irmãos quando em visitas domiciliares. Conserve-se o livro de Deus com todo o cuidado e assim durará por muitos anos e não se faça dele uma espécie de carteira ou armário para guardar selos, cartas, recibos, fotografias e outros papéis de pequeno tamanho. Leiamos a Bíblia e façamos dela um patrimônio espiritual. Seja ela nossa constante companheira! Conservemo-la com todo carinho e respeito e jamais esteja ela longe de nosso olhar, e o seu valioso conteúdo enriqueça sempre os nossos corações. Faça-se da Bíblia larga e eficiente propaganda; promova-a sua leitura e uso no culto doméstico, o altar da família genuinamente cristã. Usemos a Bíblia como o livro de instrução e de defesa da verdade religiosa! Leiamo-la com fé e oração, para que o Senhor fale conosco e santifique os nossos corações. Na alegria, na tristeza, na saúde, na enfermidade, seja a Bíblia a fonte de amor e consolação, e a luz que nos prepare para a eternidade!

MAÇONISMO E MODERNISMO

            Gnosticismo é uma combinação da filosofia neo-platônica com a teosofia oriental. O maçonismo e o modernismo bebem as águas lodosas da referida fonte. Repelir o crente um sistema e tolerar outro é proceder com incoerência. Os dois sistemas estão ligados pelas mesmas teorias, focalizando os mesmos princípios antagônicos ao verdadeiro Cristianismo. Ambos negam formal e deliberadamente os dogmas alicerçados nas Santas Escrituras. Se a maçonaria tem a razão como princípio fundamental de seu sistema, negando a fé, o modernismo também avança na mesma direção e tende para o ateísmo. Negam os dois sistemas o sacrifício expiatório, base única da obra redentora, opondo-se eles às doutrinas fundamentais do Cristianismo e contrariando a Revelação Divina. Os atributos da Divindade são relegados ao desprezo e criticados impiedosamente por essas duas filosóficas anticristãs. O modernismo é uma porta aberta a todas as heresias do século. Nasceu no coração do Cristianismo enfermo. As duas heresias são inimigas do Cristianismo apostólico, que é de caráter cristocêntrico. As duas velhas filosofias estão envoltas no manto negro do negativismo do presente século. As doutrinas evangélicas não estão tendo, para muitos, o valor que merecem; fazem questão de número, de união e não de doutrinas….. Em determinada época, em São Paulo, houve uma polêmica com um corifeu do Romanismo e o polemista evangélico escreveu um bem fundamentado artigo com o título: “Vá-se a doutrina e fica o dinheiro”. Parodiando a referida tese, podemos dizer que, para muita gente, serve esta aplicação: “Vá-se a doutrina e cresçam as estatísticas.” Pela imprensa e pelo púlpito, devemos combater não só a chamada “Sublime Ordem”, como também o modernismo desagregador, inimigo da justiça divina, um dos grandes atributos da divindade. Como anti-maçônicos e anti-modernistas cabe-nos a tarefa de verberar os dois inimigos da Igreja, denominada Esposa do Cordeiro.

ORAÇÕES

            A Igreja apostólica foi a comunidade das orações e, por isso, fez progresso material e espiritual. Os corações eram unidos e o espírito missionário recebeu grande impulso na tarefa árdua da evangelização mundial. Orar não é somente balbuciar palavras, mas, possuir fé e verdadeira comunhão com Deus, o Pai. A vida de oração só se fixa na Igreja, quando é alimentada nos lares. Muitas de nossas orações não são atendidas por falta de preparação espiritual de nossa parte. As orações não devem exprimir somente pedidos e exclamações, mas também, demonstração de um padrão de vida que leve o crente a dizer: “Não sou eu quem vivo, mas é Cristo que vive em mim”, no espírito do apóstolo dos gentios. Cultivar o espírito de oração é prova de piedade cristã, que é útil para a vida presente e para a que há de vir. Oremos com humildade, perseverança e fervor. Os mais piedosos servos do Senhor foram homens de fé e oração. Requerem estas perseveranças, pois nas parábolas do juiz iníquo e das dez minas, que são verdadeiras jóias da literatura universal, como afirma Mackay, há lições de perseverança e lealdade. Sejam as nossas casas de cultos, casas de orações repletas de fiéis que procuram o Trono da Graça nesse “tempo oportuno”. Estimulemos os moços e as crianças à prática da oração piedosa. Preparemos na Igreja um ambiente de fé e espiritualidade, onde o Espírito Santo nos ajudará a orar “com gemidos inexprimíveis”. Oremos e trabalhemos; os frutos virão, acompanhados com a graça do Senhor…

DISCIPLINA

            É a disciplina, quanto aos filhos de Deus, uma providência caridosa para reabilitar os transviados e salvaguardar a honra da religião. Tem por fim: a) convencer o extraviado do seu erro; b) prevenir os que estão de pé, para que não caiam; c) mostrar, aos de fora, que os cristãos não são impecáveis, mas quando erram, fazem esforço para a correção e para o bom testemunho da Igreja: são disciplinados. As Escrituras têm princípios enérgicos sobre a aplicação da disciplina. O Senhor Jesus Cristo assim preceituou: “Se teu irmão pecar contra ti, vai e corrige-o entre ti e ele só. Se te ouvir, ganharás a teu irmão. Mas, se te não ouvir, toma ainda contigo uma ou duas pessoas, para que por boca de duas ou três testemunhas fique tudo confirmado. E se os não ouvir, dize-o à igreja; e se não ouvir a igreja, tem-no por um gentio ou por um publicano. Em verdade vos digo que tudo o que vós ligardes sobre a terra, será ligado também no céu; e tudo o que vós desligardes sobre a terra, será desligado também no céu.” (Mt 18.15-18). S. Paulo, inspirado pelo Espírito Santo, exortou: “Se aquele que se nomeia vosso irmão é adúltero, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou dado a bebedices, ou ladrão, com o tal, nem comer deveis.” (1Co 5.11).

A CEIA DO SENHOR

            O banquete da Ceia do Senhor constitui para a igreja um grande privilégio. É uma lembrança viva do sacrifício cruento que foi oferecido no Calvário, assim como uma promessa da gloriosa vinda do Salvador. Relembra ela tudo quanto o amor insondável de Deus fez a nosso favor. Na sua realização, se proclama o ensino fundamental de que nenhum outro sacrifício poderá ser aceito por Deus, uma vez que seu Unigênito Filho, como vítima de propiciação, satisfez, cabal e irrevogavelmente, todas as exigências da lei divina ultrajada pelos nossos pecados. A celebração da Ceia do Senhor é a festa espiritual, em que todos os crentes devem tomar parte. Reunidos todos em torno da mesa da comunhão, devem nutrir sentimento fraterno e piedoso. Ninguém menospreze esta santa ordenação: “Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma deste pão e beba deste cálice.” (1Co 11.28).

DESRESPEITO ÀS LEIS ECLESIÁSTAS

            De há muito tempo se nota o desrespeito às leis da Igreja, pois o espírito de insubordinação gerado pela situação por que a humanidade está passando se infiltra aos poucos no seio do Cristianismo. Os membros das coletividades locais que assumem compromisso de submissão ao professarem, revelam desrespeito às leis quando passam de uma para outra denominação, sem ao menos dar satisfação à igreja a que pertenciam antes.

            O espírito de ordem e respeito revela sentimento evangélico e constitui exemplo de democracia cristã. Urge, pois, que providências sejam tomadas dentro da lei eclesiástica sejam tomadas para a boa ordem: “tudo com ordem e decência…”

ESCOLHA DE OFICIAIS

            É da máxima importância a escolha de oficiais para o governo da igreja. Os cargos de presbítero e de diácono devem ser exercidos por pessoas piedosas e consagradas ao Senhor. Devem os candidatos possuir os qualificativos exigidos nas Escrituras. Infelizmente, o povo de Deus tem errado muito neste particular. Laços consangüíneos ou de amizade não devem prevalecer na escolha de pessoas que vão desempenhar aqueles cargos de grande responsabilidade. O término do mandato, quando os oficiais não são vocacionados, não resolve o problema em conseqüência das reeleições, continuação do mandato dos que nada fizeram pela Causa e ocuparam simplesmente o cargo, com função de caráter negativo. A igreja necessita de homens piedosos, firmes na doutrina, humildes, consagrados, visitadores do rebanho, homens de fé e oração. Canas “agitadas pelo vento”, avaros, inconstantes, violentos, materializados nas coisas deste século, não poderão exercer cargos que dependem muito da situação moral e espiritual. Pessoas que não sabem dirigir seus lares, transformando-os em verdadeira anarquia, devem estar fora das cogitações para o exercício do cargo. Antes das eleições de oficiais, as igrejas devem fazer concerto especial de orações. É preferível um pequeno corpo de oficiais, consagrados, a uma numerosa plêiade que não corresponde às necessidades do trabalho. Sejam sábias as nossas igrejas escolhendo homens que cooperam com os seus pastores, prestigiando-os à frente do rebanho e não murmuradores, revelando-se positivamente nocivos à própria igreja que os elegeu. A escolha feita pelo Espírito Santo será a segurança da eleição dos bons oficiais.

ORÇAMENTOS

            É mais do que sábio que nenhuma instituição poderá viver sem o recurso material. A Igreja é uma instituição de natureza espiritual, mas, precisa de recurso material para manutenção do seu trabalho. Esta é a primeira pastoral que se refere diretamente ao orçamento. Vem fazê-lo na mais grata esperança de produzir bom resultado. Se o município, o Estado e a nação não podem subsistir sem a sua receita e despesa, assim também a Igreja na obra ingente da evangelização pátria. Além de dever, a contribuição é um privilégio por permitir que o contribuinte tome parte na obra de evangelização. Cada representante de igreja local deve ser um mordomo no auxílio moral e material a ser prestado por sua coletividade. O aumento das finanças corporiza o aumento da congregação e amor às almas. Nunca em situação normal, o orçamento deve ser diminuído; antes, quando possível, aumentado como demonstração cabal de que a igreja progride material e espiritualmente. Os orçamentos pastorais e presbiteriais reclamam a boa vontade das igrejas locais. Sejam lançados fora todo o egoísmo e pessimismo doentio, praga muito prejudicial à lavoura divina. Adube-se a lavoura com o sentimento de amor amparado com o poder da fé e tudo mais correrá às mil maravilhas. Se a Igreja cresce em número de membros, ou se os membros crescem nos recursos materiais deve crescer também na força e no dinamismo de sua utilíssima consagração. Se a planta cresce é porque a seiva está em boas condições. Por isso, afirma a botânica . . . “o transporte da seiva de célula em célula é suficiente para manter a vida do todo.” Assim, na igreja se a seiva da fé for de membro a membro, a vida da liberalidade cristã estará no “todo” da planta da lavoura espiritual. O aumento nos orçamentos é de imprescindível necessidade, atendendo-se à situação de novas despesas gerais e do custo de vida que está exigindo aumento dos subsídios pastorais.

            Avançar e não recuar deve ser a divisa dos pioneiros da fé cristã e da luta presbiteriana conservadora.

PALAVRAS FINAIS

            Seja esta pastoral lida em cada púlpito, sendo feita antes uma oração de agradecimento ao Senhor, que “nos tem falado muitas vezes e de muitas maneiras” e agora nos fala por intermédio do Concílio da Igreja Presbiteriana Conservadora do Brasil.

            Que estas palavras ditas a seu tempo sejam como “maçãs de ouro em salvas de prata”! Colhamos as maçãs e guardemos as salvas para o próximo presente.

Poços de Caldas, 28 de junho de 1947

Assinado: Alfredo Alípio do Vale, redator, Raphael Camacho, Carlos Pacheco, Francisco Pereira Júnior, João Rodrigues Bicas, Alceu Moreira Pinto, Armando Pinto de Oliveira, Turíbio Vaz de Almeida, Adelino Rodrigues de Oliveira, Florêncio Fernandes Reis, Roberto Hecht, Horácio Pereira, Amávio Rosa, Virgílio Garcia Duarte, Joaquim Sebastião de Souza Melo, Antônio Euclydes Cavalheiro.