PASTORAL 1955
15 de maio de 2023
PASTORAL 1953
15 de maio de 2023
PASTORAL 1955
15 de maio de 2023
PASTORAL 1953
15 de maio de 2023
PASTORAL 1954

PASTORAL – 1954

Francisco Augusto Pereira Junior

            Diletos conservos em Cristo:

            Saúde e paz no Senhor, vida e esperança nossa!

            De início, pareceu-nos bem recordar-vos, por todo-oportuna, a lição exarada na Epístola de Judas, e expressa nestes termos: “Amados, procurando eu escrever-vos, com toda diligência, acerca da salvação comum, tive por necessário escrever-vos e exortar-vos a batalhar pela fé que uma vez foi entregue aos santos.” (Jd 3)

            A seguir, cumpre que focalizemos alguns assuntos momentosos, como estímulo ao cultivo daquela fé sublime, que, aureolada de virtudes outras, enriquece ávida cristã, aos esplendores evangélicos.

Confirmação da Bíblia

            Tem-se assinalado, no tempo e no espaço, a veracidade desse Livro Sagrado, além do mais, por descobrimentos arqueológicos, antigos e recentes. Lê-se, por exemplo, no jornal americano “Western Voice”, de 3 de outubro de 1952, o seguinte: “A Crença Fundamentalista na Bíblia apoiada pela arqueologia. O Dr. William F. Albright, professor de Línguas Semíticas na Universidade de John Hopkins, publicou na edição do outono de 1952, em revista – “Religião na Vida”, um artigo intitulado – “A Bíblia após Vinte Anos de Arqueologia”. Declara ele que é notabilíssimo o progresso feito pela arqueologia nessa direção. Percebe-se facilmente, acrescenta, que é mesquinha a soma de todos os relevantes descobrimentos através do século precedente, no seu conjunto, em comparação com o que veio enriquecer nosso conhecimento referente a esse livro maravilhoso. Em se referindo ao Evangelho de Cristo segundo São João, que os modernistas timbram em colocar no século segundo, ou seja – depois do ano 150 de nossa era, declara Albright: “Não há razão plausível para se datar o Evangelho referido depois do ano 90; até pode ser de data anterior. Em conclusão, damos ênfase ao fato de a obra arqueológica ser a propulsora do recente reavivamento do interesse no estudo de teologia bíblica, dada a opulência de novos materiais, que ilustram pontos obscuros das Escrituras Sagradas…”.

            É oportuno, outrossim, corroborar o que fica expendido, com a reportagem da revista “Seleção”, em seu número do mês transato. Informa que houve recentes descobrimentos arqueológicos, guiando-se os arqueólogos por certos registros bíblicos. Dessarte descobriram importantes minas de cobre, minas de ferro e até jazidas de petróleo, além de outras! É que velha, mas sempre nova, continua a Bíblia, em depoimento eterno, a ser para nós conservadores, a bigorna providencial, que despedaça os caramartelos da incredulidade de todos os matizes… Compulsemo-la, então, piedosamente, como divino manancial, cuja linfa capacita para o crescimento na graça e conhecimento de Jesus Cristo, sem solução sem solução de continuidade (2Pe 3.18).

Solidariedade Cristã

            Timbra sempre a Igreja Romana, em executar certos postulados anti-cristãos inseridos no Syllabus, destacando-se dentre eles, o que preconiza a intolerância malfadada, que arrasta à tirania, à opressão, ao terrorismo das perseguições desencadeadas tenebrosa e descaridosamente, contra as inditosas vítimas que lhe não lhe aplaudem a apostasia, acumulada através dos séculos, no cinismo de embuste soberbo e arrogante.

            Longe iríamos, se quiséssemos espraiar considerações diretas e especiais por sobre o tétrico desse lúgubre panorama. Baste, porém, o que vai se expor, em citação direta de outra pena toda-autorizada: “Não é surpresa para ninguém, o fato de a igreja romana haver tomado o partido de Franco, na Espanha. Até o abençoou, depois da vitória. Pois aqui vão alguns dos horrores praticados por contra os protestantes, na Espanha: (1) Após a tomada de Toledo pelas tropas de Franco, os mouros e soldados precipitaram-se sobre o hospital, onde um Pastor protestante e sua esposa estavam doentes. Foram trespassados a baioneta, com duzentos e cinqüenta pacientes! – (2) Outro Pastor, em Toledo, Rev. Miguel Aimorán, foi preso em sua casa. Depois de um mês de prisão, foi executado por um pelotão de rifenhos! – (3) Em Saragoça, as tropas fascistas pilharam o templo protestante, emporcalharam a Bíblia e o púlpito com os seus próprios excrementos, e prenderam o Pastor, Rev. Benjamin Heras. Levaram-no à praça em frente à catedral. O povo reunido presenciou o espetáculo. O Pastor foi amarrado de pés e mãos, e colocado no meio da rua, par fazer frente a dois tanques de guerra, que avançaram sobre ele, esmagando-o! – (4) Em Granada os pastores protestantes, Reverendos José Garcia Fernandez e Salvador Inígues foram aprisionados. A esposa do Dr. Fernandez enfrentou, com seu marido e o colega deste, o pelotão de fuzilamento, depois de ser violada por diversos soldados! – (5) Em Santa Maria as tropas de Franco, não encontrando “hereges” apoderaram-se da esposa do pregador local, embeberam-lhe as vestes de gasolina e atearam-lhe fogo! – (6) Em São Fernando o Pastor Miguel Bianco foi executado na presença de sua mãe! Decretara-lhe a morte o oficial fascista comandante como escarmento para os crentes evangélicos da cidade! O ministro de Puerto Real, Rev. Francisco Lopez, sofreu o mesmo tratamento! – (7) Em Ibahernando, uma província de Cáceres, os protestantes foram executados em massa: os pastores, homens, mulheres e crianças, entre os quais um fidalgo, Don Francisco Tirado. A congregação tinha ali trinta crentes, e somente seis escaparam da morte! (8) Em Badajóz, três mil evangélicos foram mortos a metralhadora, na praça dos touros, em companhia do pastor! – (9) Em Santa Adélia foram os protestantes abandonados às tropas de Rif, pelos oficiais fascistas. (Trecho extraído de um livro com título – “ESSES DIAS TUMULTUOSOS”, de Pierre Van Paassem).

            Agora, que esse desvario despótico perdura e tende a generalizar-se, tudo parece indicá-lo. Há notícias de medidas coercitivas em vigência, especialmente no aludido antro do clericalismo: Lá não podem casar-se protestantes, porque precisariam, para tanto, abjurar a religião evangélica; a administração dos cemitérios têm ordem severa para negar sepultamento a cadáveres de protestantes; as reuniões para culto, só se toleram de portas fechadas, nas residências particulares dos crentes; a propaganda evangélica, em público, foi extirpada! Sabe-se, pelos jornais, também que no mês de agosto próximo passado, assinou concordata com o papa, oficializando a Igreja Romana, com todas as suas prerrogativas, e arrogância, e soberba, e despotismo; anuncia-se, igualmente, que tal concordata é proclamada como excelente modelo a ser adotado por todas as nações em que flutua, embusteira, a heresia incontrastável aninhada no Vaticano, onde existe o sim e o não, em cinismo inqualificável. Vejamo-lo: Publicou a “Folha da Manhã”, edição de 1-3-50, esta reportagem: “A santa sé tomou hoje a medida mais importante de toda a sua história. Acaba o Vaticano de autorizar os bispos católicos romanos, durante os três anos vindouros, a organizar, em casos especiais, conferências locais, com teólogos protestantes, para discutir assuntos de comum interesse, visando estreitar a união de todos os cristãos”. Ouça-se, agora, estoutra notícia: (Lisboa (ANI) O padre Lombardi terminou as suas palestras em Lisboa. Falou aos seminaristas dos Olivais, seguindo, depois para Évora, onde participou de suas reuniões: uma com o clero e outra com os fiéis em geral… O padre Lombardi anunciou que está a aparecer no Brasil, em português, o seu livro intitulado: “Para um mundo melhor”. Acrescentou: Portugal poderia ser a primeira nação a responder ao apelo do papa. . . O orador recordou que começou a sua pregação, animado pelo papa. Prega agora a cruzada, por ordem expressa dele. . . O padre Lombardi assistiu a todo estudo do papa Pio XII, para ver qual forma de lançar a cruzada. Não era possível chamar a ela toda a cristandade. Ficou decidido principiar pelas dioceses mais aptas. O próprio Pio XII começou em Roma, sua diocese. Foi em fevereiro de 1952. Hoje a cruzada está ateada em 20 dioceses. . . Trata-se de uma nova Contra-Reforma, num mundo onde tudo adquiriu um âmbito e um ritmo universais. . .” (Gazeta de 12-11-53).

            Aí está o verso e o reverso da medalha: primeiro a aproximação, depois a repulsa e a perseguição exterminadora nos moldes do terrorismo da Contra-Reforma do século XVI, que ensangüentou a terra em trágicas hecatombes humanas, para extermínio do povo evangélico. É verdade que os tempos são outros e outras as circunstâncias; mas não é menos verdade que o Clericalismo é o grande inimigo, que trama nas trevas da politicagem e tudo vai conseguindo a seu talante. Nosso quinhão está, pois, reservado: Nem somos melhores do que nossos irmãos que gemem na fornalha das tribulações. Para eles a solidariedade fraternal e por eles as nossas ardentes intercessões junto ao trono da Graça. Chorar com os que choram: eis o nosso dever (Rm 12.15). E àqueles heróis da fé, em seu testemunho edificante, o conforto desta palavra do Senhor: “Bem-aventurados sois quando vos injuriarem e vos perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vós, por minha causa: Alegrai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus.” (Mt 5.11)

Guerra dos Vícios

            Alçam estes o colo por toda a parte, no âmbito social.

            O vício da embriagues é como um polvo, que estende os tentáculos de todos os lados, e enlaça vítimas incautas e as reduz a bagaço, imprestáveis para si, imprestáveis para os seus, imprestáveis para a Igreja e para a sociedade.

            “Enche o copo, que está vazio; esvazia o copo que está cheio: Não o deixes nunca vazio; não o deixes nunca cheio” – eis o que vi escrito na parede de um restaurante, um turista patrício, quando em visita à cidade de Florença, na Itália! É que, lá como aqui, como por toda a parte, o flagelo vai semeando a desgraça. Cumpre, pois, que lancemos mão de dois recursos providenciais, para emancipar, à medida do possível, os alcoólatras, das algemas de tão nefasta escravidão: Primeiro – o recurso da conversão real a Cristo: “Se algum, pois é de Cristo, uma nova criatura é: Passou o que era velho, notai que se fez novo” (2Co 5.17). “E os que são de Cristo, crucificaram a sua própria carne, com os seus vícios” (Gl 5.24. Segundo – o recurso da medicina, conjugado com a eficácia da oração: “Associação -alcoólica: – Querem deixar de beber? – Curamos e não cobramos. Avenida 9 de Julho. 399, segundo andar, Caixa 2.343 – São Paulo – Brasil – às sextas-feiras, das 20 às 21 horas.” Sobre a medicina, o auxílio divino: “A oração do justo, sendo fervorosa, pode muito.” (Tg 5.16)

            Por sua vez o vício do fumo predomina em ambos os sexos e alarga a sua deletéria influência, descendo, assoladora, dos palácios para as choupanas. Os inveterados no uso do tabaco, zombam das conclusões a que chegam médicos da mais alta reputação, no estrangeiro. Estes, após aturados estudos, anunciam que o maior dos fatores de câncer nos pulmões é precisamente o do fumo. E são sumidades especializadas, que pontificam na Inglaterra, na Alemanha, na Suíça, na Dinamarca, na Tchecoslováquia e nos Estados Unidos…

            Vício é vício. Assim, pois, o jogo se faz acompanhar do álcool e do fumo. Jogando, vai o viciado bebendo e fumando. Os azares da sorte locupletam os astutos profissionais em detrimento dos neófitos e dos que com eles se ombreiam, cavando infelicidades, por vezes insanáveis. . .

            Quanto ao vício da libertinagem, é ele uma outra calamidade pública. A exibição ostensiva do nu, a literatura pornográfica, as fitas cinematográficas de exibição proibida a menores, estigmatizando a complacência das autoridades para com adultos desfibrados, o desbragamento alucinante do carnaval, acoroçoado pelas autoridades e a expensas dos erários públicos, tudo forma a torrente que alimenta, direta ou indiretamente, os lupanares, fomenta a libertinagem descontrolada na voragem do pecado.

            Não admira, pois, que Menotti Del Picchia, analisando o descalabro moral, que varre a sociedade hodierna, erguesse um Brad patético, concitando à lição todos quantos podem e devem colaborar na obra de saneamento dessa como epidemia, que emerge, assoladora, de entranhas satânicas: “Ó púlpitos! Ó cátedras! Ó cadeira de professores! Ó tribunas parlamentares, em “que véus vos escondeis?”.

            Pelo prisma evangélico, tal degradação de princípios e costumes parece sintomática, denunciando os sinais dos tempos do fim da presente dispensação. Diz-se que, na escatologia judaica, se achava profundamente arraigada a idéia de que toda a hora mais escura da noite é a que precede a aurora. Percebe-se que tal fato ilustra, com propriedade, as trevas da noite moral e espiritual que atravessamos apreensivos. Quanto mais escura, tanto mais próxima do rubor fascinante do arrebol matutino do Dia Milenial. Daí a palavra oportuna do Senhor: “Quando, porém, a acontecer estas coisas, exultai e levantai as vossas cabeças, porque se aproxima a vossa redenção.” (Lc 21.28)

Seminário

             Deu-nos o Senhor nosso Deus um Seminário adequado à modéstia da nossa denominação. Nele estão concretizados ingentes esforços, fruto de entranhável amor à Causa Evangélica, no setor em que farfalha a bandeira conservadora, aos ventos das plagas nacionais.

            Não temos o direito de queixar-nos de instituições congêneres, de outras denominações, a cujas portas fomos bater, para o estudo dos nossos seminaristas; antes nos é grato consignar que temos motivo de gratidão pelo fraternal acolhimento que se nos dispensou. De Deus a recompensa condigna.

            Todavia, ao imperativo de afastar o problema de um como complexo de inferioridade, em si deprimente, e ao da necessidade de plasmar o preparo de nossos futuros ministros em clima essencialmente conservador, resolvemos enfrentar corajosamente o problema e dar-lhes a devida solução, sob os auspícios divinos. Como resultado aí está o seminário, presente do céu. . .

            Óbvio é que essa piedosa, e útil, e urgente instituição, acarreta pesadas responsabilidades, e requer a colaboração decidida da igreja, tanto na esfera espiritual, com simpatia e oração, como na econômica, em generosas ofertas para garantir-lhe a manutenção.

            Quando, desta casa de profetas, partirem jovens ministros do Senhor a render a guarda dos que vão descambando para o horizonte vespertino da vida e, pois, da carreira ministerial, melhor se aquilatará o valor desta obra no âmbito denominacional.

            Rui Barbosa dizia: “Uns plantam a semente da couve para o prato de amanha; outros, a semente do carvalho, para o abrigo no futuro.” Nós, ao frescor suave da graça divina, lançamos nas bases desta instituição, a boa semente, para farta messe porvindoura, na Santa Seara…

Campeões da peleja sagrada, esta é uma obra de fé, e a fé não nos deixará decepcionados. Com ânimo forte, de mãos dadas, coesos, marchemos, de viseira erguida, através das brumas do futuro, pondo os olhos no Autor e Consumador de nossa fé, o meigo Nazareno!

Sinceridade e firmeza

            – Que é sinceridade?

            – “Qualidade do que é sincero. Franqueza; lisura de caráter”. Sincero é quem “diz com franqueza o que sente. Verdadeiro. Simples, franco”. É, aliás, o indivíduo “em que não há disfarce ou dissimulação: em que não há malícia”, nem dolo, nem hipocrisia: diz o que pensa e pensa no que diz…

            Merece alguma discussão a etimologia do termo grego em apreço. Provém, segundo o lexigráfico F. S. Constâncio, do grego: a – privativo equivalente a sem; e keránnumi, mistura; portanto, sem mistura, puro. Mas, segundo Court de Gébelin, deriva do latim sine cera, ou seja – sem cera.

            Comenta-se o termo assim: Que antigamente, em determinada região pobre de pedras, se importavam estas para edificações importantes. Acontecia, por vezes, que ocorria a traficância: os fornecedores misturavam pedras perfeitas com pedras imperfeitas, tapando, entupindo os orifícios com cera de igual cor, em detrimento da obra a que se destinavam. Daí, a precaução dos compradores, uma vez ludibriados: Examinai as pedras e só aceitavam as que se encontravam sem cera. . .

            Outrossim, diz-se que os apicultores inescrupulosos, traficantes, extraíam o mel sem o devido capricho na manipulação, deixando-o misturado com cera, prejudicial à conservação e ao uso, depreciando-o, dessarte, no comércio; de onde a exigência dos compradores, só recebendo mel sem cera, mel puro.

            Decorre do expendido, a aplicação prática sugerida pelo termo, aos conservadores: Que sejam sinceros, isto é – sem a cera do modernismo, sem a cera da volubilidade, bem como sem a cera do mundanismo e sem a cera da hipocrisia. Cumpre que o servo do Senhor evite servir a dois senhores, que sua servidão seja pura, seja sem mistura com a servidão do pecado e de Satanás; que seja o mesmo no direito e no avesso, por dentro e por fora, tendo a fibra de sustentar, coerentemente, as convicções íntimas, alicerçadas no foro da consciência iluminada pela Palavra de Deus. . .

            Vamos sustentar, invicto, o pendão conservador, vigilantes sempre: sempre de atalaia, na atalaia sagrada em que nos colocou a divina Providência.

            O espírito proselitista, bebido em fonte sectária, tem rondado manhosamente, ardilosamene alguns de nossos singelos acampamentos, como se há divulgado com repugnância. Deserção excepcional aqui, repulsa generalizada ali, eis os que se vai assinalando. O primeiro caso lembra a lição apostólica: Eles saíram de nós, mas não eram de nós; porque, se eles tivessem sido de nós, ficariam certamente conosco…(1Jo 2.19). Com efeito, não se pode sequer vislumbrar coerência no proceder de quem repele o modernismo doutrinário, mas se filia friamente em denominação tisnados de matiz modernista. O segundo caso é sobremodo edificante e se inspira na eloqüência da firmeza de Pedro, respondendo por si e pelos colegas: “Senhor, para quem havemos nós de ir? Tu tens palavras de vida eterna, e nós temos crido e conhecido que tu és o Cristo, filho de Deus.” (Jo 6.69,70). Também o testemunho de Paulo ministra sadia lição, ao calor de uma fé divinamente acendrada: “Sei em quem tenho crido e estou persuadido de que ele pode guardar o meu depósito até aquele dia. Conserva o modelo das sãs palavras que de mim ouviste na fé e no amor que há em Cristo Jesus.” (2Tm 1.12,13). Tal firmeza é a nossa firmeza, que resiste ao sopro do vendaval, como a casa sobre a rocha. (Mt 7.24,25).

            Um alto padrão de nobre estatura e firmeza de convicções, erigiu-o um venerando conservador, sentinela avançada em região sertaneja. Vale a pena, para sua honra e estímulo nosso, em nossa arrancada superior, rememorar tal episódio, aliás bem do nosso conhecimento: Solicitado por um ministro sectário a desertar nossas fileiras e passar para as dele, respondeu sem tergiversar, uma recusa desconcertante: Eu sou conservador, con-ser-va-dor pausadamente, galhardamente preferindo, como Moisés, o opróbrio de Cristo (Hb 11.26), na própria denominação humílima, à vaidade da ostentação de números avultados no grêmio de denominação diferente, que aninha e acaricia em seu seio, a hidra do modernismo.

            Nós, e adiante de nós, e atrás de nós, o Senhor. Portanto, sinceridade, firmeza, lealdade, fidelidade, constância, perseverança, tenacidade, cada qual no seu posto de honra.

            “Quanto ao mais, irmãos tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é santo, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama; se há alguma virtude, se há algum louvor de costumes, seja isso que ocupe o vosso pensamento. O que não só aprendestes, mas recebestes e ouvistes, e vistes em mim, isso praticai; e o Deus de paz será convosco.” (Fl 4.8,9).

            Riacho Grande, município de São Bernardo do Campo, em 1º de julho de 1954. Francisco Augusto Pereira Junior, Carlos Pacheco, Alceu Moreira Pinto, Messias D. Corrêa, Reynaldo Gonçalves, Rafael Camacho, Armando Pinto de Oliveira, Antonino José da Silva, Florêncio Fernandes Reis, Evans Harden, Lino do Couto, Irwin Steele (membro visitante), William R. de Le Roy (membro visitante), Adelino Rodrigues de Oliveira, Isaías Cândido de Lima, Antônio Pires Corrêa, Pedro Martins de Aquino, Luiz Fernandes Avelar, Alfredo Garcia Duarte Neto, Carlos Freddi, Antônio Geraldo Gois, Odilon Alves dos Santos, Horácio Pereira.