UM CLAMOR POR HOMBRIDADE
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“TRAGADA FOI A MORTE PELA VITÓRIA”

(1 Coríntios 15. 54)

por Rev. Reginaldo Vieira Naves

Revista Superinteressante de fevereiro de 2005, na seção denominada Comportamento, traz a seguinte matéria: Quantas pessoas já viveram no planeta Terra? Carl Haub, pesquisador do instituto americano Population Reference Bureau, detém os créditos da pesquisa. Embora, o tal pesquisador esclareça não haver dados demográfico para 99% do tempo em que o ser humano habita a Terra, sua conclusão é que 106.716.367.669 (cento e seis bilhões, setecentos e dezesseis milhões, trezentos e sessenta e sete mil, seiscentas e sessenta nove pessoas) já estiveram por aqui. À luz da própria matéria sobre quantos já viveram no planeta terra, a estimativa supracitada carece do selo de comprovação, no entanto, serve para a humanidade refletir um pouco sobre o fim de todos os mortais.

A pesquisa de Carl Haub tomou por base o período compreendido ente 50.000 a.C até 2004 d.C. Sem dúvida, sua cronologia difere da que se encontra no primeiro livro da Bíblia. Conforme o texto bíblico, não faz tanto tempo assim que o ser humano habita a Terra, no entanto, o número dos que já passaram por aqui foge ao nosso conhecimento. O que sabemos é que o pó tem sempre voltado à terra, desde que o sangue de Abel foi derramado. Quantos já foram pelo caminho de todos os mortais, só Deus o sabe, a nós cabe a certeza de que, no dia do Senhor, a terra dará conta de seus mortos. Aí sim, certamente, o número dos que já viveram neste mundo não há de ser mera especulação. Até lá, o que nos cabe é contarmos os nossos dias para vivermos com sabedoria o tempo de nossa peregrinação.

O ano de 2020 ficará na história da humanidade por ter fornecido ao mundo a oportunidade de ponderar sobre a fugacidade da vida. É possível que a palavra pandemia nunca tenha assombrado tanto às pessoas como o faz agora. Sem dúvida, a morte sempre desassossegou o ser humano, todavia, no mundo globalizado o sofrimento do próximo alerta o seu vizinho que todos estão sujeitos as mesmas dores. Isto comove, mas assusta! A realidade da morte se torna mais sombria quando as enfermidades desdenham do conhecimento humano. Muitos recorrem à espiritualidade, outros cobram da ciência o “milagre da cura”. Infelizmente, muitos se esquecem que Abel deixou este mundo, não por causa de doenças, mas, pela maldade do ser humano! A morte existe, o pecado é uma realidade, mesmo que todas as enfermidades sejam retiradas do mundo, as lágrimas pela dor da separação perdurarão até que o Senhor as enxugue para sempre.

O ano em destaque no parágrafo anterior foi testemunha de muitas lágrimas na Igreja Presbiteriana Conservadora. Quantos trepasses! Membros e oficiais que deixaram saudades em todos os nossos Presbitérios. Os arraiais Conservadores estão condoídos. Não é isto um lamento, pois o Senhor da vida sabe o momento certo de promover os seus trabalhadores, cabe a nós o agradecimento por estas vidas tão preciosas que se entregaram à batalha pela fé nos Campos Conservadores. Não encontremos os seus nomes em Hebreus 11, mas sem dúvidas estão escritos no Livro da Vida como pessoas das quais o mundo não era digno.

Quantos já viveram nesta terra? Foi a preocupação de Carl Haub. Sem dúvida, precisar quantos já passaram por esta existência é uma questão desafiadora, porém, o mais importante é sabermos que todos que andaram por esta terra no temor do Senhor e todos que ainda passarão por aqui no temor de Cristo viverão para sempre. Este é conforto que alimenta a nossa esperança do reencontro dos salvos no dia do Senhor. O mesmo Deus que nos guia às águas tranquilas nos protege no vale da sombra da morte. Ele sarou a nossa alma, e nos sustenta com sua graça nas enfermidades. Isto fortaleceu o apóstolo Paulo e continua a consolar a Igreja de Cristo em todo tempo, como árvore plantada junto às correntes de águas. Maranata!!!