“Mudança de Hábito (final)”

“Bem melhor ainda que todo o saber, é confiar que Deus sabe por mim”
16 de julho de 2019
“O meu socorro vem só do Senhor!”
18 de julho de 2019
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16 de julho de 2019
“O meu socorro vem só do Senhor!”
18 de julho de 2019
“Mudança de Hábito (final)”

Mudança de hábito significa abandonar o padrão pecaminoso e procurar viver o padrão bíblico. Não é uma coisa simples e mecânica, pois, como pecadores e sem Cristo, estamos habituados a praticar o que nossa natureza pecaminosa nos inclina a fazer; porém, uma vez que fomos remidos pelo sangue de Cristo, temos uma nova natureza que, embora pecadora, luta contra o pecado e as paixões da carne.

Por um lado, é preciso livrar-se. “Livrem-se de toda amargura, indignação e ira, gritaria e calúnia, bem como de toda maldade” (Ef. 4.31). Livrar tem a ideia de afastar para longe. O cristão deve afastar para longe de si todos esses pecados. “Não há lugar algum para qualquer dessas coisas horríveis na comunidade cristã; devem ser totalmente rejeitadas”.
Por outro lado, o cristão é instruído a apegar-se às virtudes que agradam a Deus e promovem a edificação do corpo de Cristo, que é a Igreja. “Sejam bondosos e compassivos uns para com os outros, perdoando-se mutuamente, assim como Deus os perdoou em Cristo” (Ef. 4.32). É óbvio que essas virtudes destoam muito dos hábitos do pecador sem Cristo. Todavia, é para viver assim que cada cristão foi chamado.

Mas, como é possível livrar-se dos pecados e apegar-se às virtudes que glorificam a Deus? Não é uma questão de ética moral, mas fruto da obra do Espírito Santo na vida do pecador. É interessante notar que o apóstolo Paulo fundamenta sua ética na Trindade. É preciso aprender de Cristo. “Todavia, não foi isso que vocês aprenderam de Cristo” (Ef. 4.20). É preciso não entristecer o Espírito Santo: “Não entristeçam o Espírito Santo de Deus, com o qual vocês foram selados para o dia da redenção” (Ef 4.30) e ser imitador de Deus: “Portanto, sejam imitadores de Deus, como filhos amados” (Ef 5.1).

Imitar a Deus jamais tem a ideia de ser como Deus é e fazer absolutamente o Ele faz. As implicações desse mandamento é de natureza ética, porém, lembrando que ainda somos estrangeiros e peregrinos nesse mundo (1Pe 2.11).

Como pode o cristão imitar a Deus? Primeiramente, ele deve sempre se lembrar da necessidade de revestir-se Jesus. “A revestir-se do novo homem, criado para ser semelhante a Deus em justiça e santidade provenientes da verdade” (Ef. 4.24). Revestir-se do Senhor Jesus somente é possível através da regeneração. O apóstolo Paulo aponta um caminho para cristão, quando diz: “andai em amor, como também Cristo nos amou”. Jesus amou as Suas ovelhas de tal maneira que deu Sua própria vida em favor delas. O amor ao qual somos chamados para viver, imitando a Deus, é que pratiquemos o amor do mesmo formo que Cristo nos amou.

Imitar a Deus não é um processo mecânico; é fruto de uma vivência em profunda união com Ele. Quanto mais o cristão afasta de si tudo que entristece a Deus e se apega aos ensinos e mandamentos de Deus e os pratica, mais ele vive em conformidade com a sua nova natureza em Cristo.

Mudança de hábito! Um caminho que agrada a Deus e glorifica o Seu nome.

Que o Senhor Jesus conceda um ótimo dia a você e toda a sua família.

Rev. José Paulo Brocco