“Conhecendo a Deus (5)”

“Um pequeno povo muito amado por Deus”
18 de agosto de 2019
“Clamo ao Senhor, e Ele me ouve”
20 de agosto de 2019
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“Conhecendo a Deus (5)”

O amor de Deus pelo pecador é algo que jamais compreenderemos. Todavia, o fato de não compreendê-lo plenamente não significa que ele não seja real e que, muito menos, que ele não seja aplicado na vida de pecadores que Deus, desde toda a eternidade, escolheu para a salvação. O Senhor Deus, em Sua graça e misericórdia, esvazia de nós, pecadores, qualquer objeção ao Seu amor. “Dificilmente haverá alguém que morra por um justo, embora pelo homem bom talvez alguém tenha coragem de morrer. Mas Deus demonstra seu amor por nós: Cristo morreu em nosso favor quando ainda éramos pecadores” (Rm 5.8). Você daria a sua vida por alguém? Mesmo que esse alguém não fosse bom?

John Murray diz a respeito do amor de Deus: “A morte de Cristo não constrange ou provoca o amor de Deus; no entanto, o amor de Deus foi o elemento que ocasionou a morte de Cristo, como a única provisão adequada desse amor”. Um amor simplesmente inquestionável. Deus tornou o Seu amor evidente, pois Jesus morreu na cruz em favor de pecadores. Morreu indica um evento passado. Jesus havia morrido e cumprido a vontade de Deus. O propósito redentivo foi completado na morte de Cristo.

“Deus demonstra” indica que, com a morte de Cristo, qualquer argumento do homem contra o amor de Deus é esvaziado diante do amor de Deus, pelo pecador, quando Jesus deu a Sua vida pelas Suas ovelhas. Nunca houve e jamais haverá amor semelhante ao amor de Deus. Não há a menor necessidade do Senhor demonstrar absolutamente nada. Porém, em Sua bendita misericórdia, todo o Seu amor é revelado plenamente na cruz, tendo Jesus morrido por nós e em nosso favor.

Todavia, devemos pensar no amor de Deus como ele é revelado nas Escrituras. É um amor que não ignora o pecado, ao contrário, considerou o pecado em toda a sua gravidade e consequências. Deus considerou o pecado tão seriamente que enviou o Seu único Filho para morrer na cruz em favor de pecadores. “Aquele que não poupou seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós, como não nos dará juntamente com ele todas as coisas”? (Rm 8.32). Quanto amor: Deus, por amor aos Seus filhos, não isentou o Seu único Filho, deixando-O morrer na cruz, em lugar de cada um que Ele escolheu desde toda eternidade.

O amor de Deus deve levar-nos a uma reflexão: Se Deus, por amor, não isentou o Seu único Filho de morrer na cruz pelo pecador, e Ele fez isso porque é justo, então, o amor do Senhor não O isenta de aplicar a Sua justiça sobre o pecador. O amor de Deus jamais ignora o pecado.

Que o Senhor Jesus conceda um ótimo dia a você e toda a sua família.

Rev. José Paulo Brocco