PASTORAL 1950
15 de maio de 2023PASTORAL 1949
15 de maio de 2023PASTORAL 1951
PASTORAL – 1951
Florêncio Fernandes Reis
O Presbitério Conservador, reunido no templo da Igreja Presbiteriana Conservadora de Itapetininga no estado de São Paulo, aos amados irmãos dispersos pela imensa pátria brasileira, que estão sob sua jurisdição, graça e paz e misericórdia vos sejam multiplicados.
Caríssimos Irmãos:
Os trabalhos do Concílio, efetuados sob a orientação do Espírito Santo, nos encheram de gozo pelo amor cristão que imperou em todas as suas resoluções, e por termos verificado que Deus nos tem abençoado muitíssimo, temporal e espiritualmente. Observa-se através dos relatórios ministeriais de nossos poucos, mas denodados obreiros, e da estatística levantada, que, em onze anos, que voaram rapidamente, desde a organização em Igreja Presbiteriana Conservadora do Brasil, que muita coisa já se fez. Cresceu a Igreja no número de seus membros: espalhou-se em grande extensão territorial, aumentando-se significativamente os seus recursos financeiros; novos obreiros estão sendo por ela preparados para entrarem oportunamente na luta; o órgão oficial, “O Presbiteriano Conservador”, como missiva divina, leva aos distantes rincões de nossa pátria, o conforto a muitos que não têm o privilégio de estar em contato diário com os obreiros, e que anseiam por notícias dos trabalhos de nossa amada Igreja.
Pudemos, pela multiforme misericórdia de Deus, enviar os nossos representantes ao 2º Congresso do concílio Internacional de Igrejas Cristãs reunido em Genebra no ano próximo passado, recebendo desta e por esta outras inumeráveis bênçãos.
Já se fez alguma coisa, amados irmãos. Não há a menor dúvida que o Senhor está conosco; e por isso mesmo, rendamos-lhe glória, e, de viseira levantada, continuemos na luta. Tudo pelo Senhor. As vitórias já conseguidas; o vasto campo que se distende diante de nossos olhos; o amor às almas que perecem nas trevas do pecado; a ordem do divino Mestre – “Ide e pregai o Evangelho a toda criatura”, nos constrangem e nos impulsionam a prosseguir na arrancada, com denodada valor e firmeza inabalável, na certeza de novas vitórias que, sem dúvida, alcançaremos em nome do Deus Todo Poderoso. Grande é a Seara, e já está branquejando. Imenso o trabalho e imensa a responsabilidade que estão sobre nossos ombros. Não desanimemos. Recordando os triunfos alcançados, rendendo louvores a Deus e olhando para o futuro promissor de nossa querida igreja, reafirmemos nossos votos de fidelidade; lembremos que somos mordomos de Deus, depositários e administradores de tudo quanto o Senhor, em sua infinita bondade, nos tem confiado, tanto no que concerne às cousas temporais como às espirituais. Não podemos estar retraídos, e tão pouco podemos enterrar o talento que nos foi confiado. Estamos em um mundo corrompido, mas não somos do mundo. É necessária uma nítida compreensão desta verdade, e que tenhamos cuidado de nós e da doutrina, não nos prendendo ao jugo com os infiéis, dando franco testemunho contra os vícios e costumes que prejudicam a piedade, tais como o jogo, o álcool, o fumo, o baile e as festas profanas; e contra as heresias dos últimos tempos, que arrastam os incautos à incredulidade, tirando-lhes a sensibilidade espiritual. Entre muitas outras heresias, se destacam estas: a negação da divindade de Cristo, da inspiração da Bíblia e das penas eternas, as quais tornam o coração do indivíduo endurecido, o afastam de Deus e o levam a amar o mundo. É perigoso amar o mundo. É perigoso amar o mundo, doutrina do apóstolo: “Não ameis o mundo, nem as coisas que há no mundo. Se alguém ama o mundo o amor do Pai não está nele; porque tudo o que há no mundo – a cobiça da carne, a cobiça dos olhos e a vaidade da vida – não vêm do Pai, mas do mundo. Ora, o mundo passa e a sua cobiça; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre.” Amar ao Senhor sobre todas as coisas, de todo o coração, de todo o entendimento é o grande mandamento. Amemo-lo, com ardoroso zelo; e, ainda que seja com grande sacrifício, cuidemos da igreja e de suas nobres instituições, colocando-as em primeiro e elevado plano, certos de q, também o havemos de Deus transformará nossa pobreza em riqueza, nossa ignorância em sabedoria, e nossa negligência em consagração e dedicação, convertendo nosso esforço em bênçãos para a sua Igreja. Se o mundo nos aborrece, tenhamos ânimo, porque o Senhor o venceu e nós, pertencendo a Ele, também o havemos de vencer. Lembremo-nos da exortação de Jesus aos seus discípulos: “Orai sem cessar, para que não entreis em tentação.” Por coisas mínimas, não deixemos de estar no templo, tomando parte nos cultos e cooperando com a Escola Dominical e organizações evangélicas. Levemos conosco os nossos filhos, para que conosco aprendam as grandezas de Deus. Não descuremos do culto doméstico, lendo com nossos filhos, o maravilhoso livro, a Bíblia, que tem uma palavra de conforto em qualquer circunstância da vida. Seja ela para nós, o que era para o salmista: “Lâmpada para os meus pés e luz para meus caminhos.” Não nos esqueçamos de nossas instituições: o Instituto Eduardo Carlos Pereira, o Fundo da Criança Pobre, e o órgão oficial “O Presbiteriano Conservador”, partes integrantes da obra da igreja. O dever precípuo da Igreja é evangelizar e, para isso, muito depende, com a benção de Deus, de suas instituições. Cristo, sobre quem está edificada a Igreja, evangelizava, curava e alimentava. É justo, é necessário que lhe dispensemos toda a atenção, e que, mesmo com sacrifício, mantenhamos as nossas instituições para que elas possam fielmente desempenhar sua missão, imitando o Divino Mestre. A igreja, por suas instituições, poderá preparar novos obreiros, o que já é uma necessidade urgente, visto serem poucos os que mourejam e alguns já encanecidos e cansados. Já vislumbramos o 12º ano de nossa existência e através das lutas e vitórias, e mesmo dos fracassos, se os houve, o Senhor tem estado conosco, encorajando e orientando, e agora, em perspectiva de novas vitórias, não nos afastemos dos princípios que foram de nossa organização em Igreja Presbiteriana Conservadora do Brasil. Se a luta recrudescer, maior e mais gloriosa será a vitória. A ordem de nosso invicto general é que marchemos. Sim, prezados irmãos, marchemos “Com Cristo, sem temor, Por Cristo prontos a sofrer, Bem alto erguei o seu pendão, Firmes sempre até morrer!”. Florêncio Fernandes Reis, Carlos Pacheco, João Rodrigues Bicas, Dante Scorza, Alceu Moreira Pinto, Francisco Augusto Pereira Junior, Armando Pinto de Oliveira, Rafael Pages Camacho, Lino do Couto, Gilberto Gerow, Virgílio Garcia Duarte, Horácio Pereira, Abrahão Pinheiro, Adelino Rodrigues de Oliveira, Isaul Steffen, Lívio Rodrigues, Mário Aládio Corrêa, Adalgício Ferreira de Morais, Pedro Martins de Aquino, Jerônimo Martins da Silva, Franklin Rodrigues Silveira, Alfredo Alípio do Vale.