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A Igreja Presbiteriana Conservadora do Brasil surgiu em 11 de Fevereiro de 1940 quando, após dois anos de debates e discussões internas sobre questões doutrinárias, a 2ª Igreja Presbiteriana Independente de São Paulo desligou-se da federação eclesiástica a que pertencia para tornar-se Igreja Presbiteriana Conservadora de São Paulo. A questão versava principalmente sobre a doutrina das "Penas Eternas" ou do "Sofrimento Eterno dos ímpios".
No "Manifesto às Igrejas Evangélicas" que publicou em "O Presbiteriano Conservador", logo após a separação, dentre outras coisas é dito: Esta nova Igreja é, sem dúvida, o fruto de um acendrado apego à doutrina..
Não seguimos o formalismo religioso que orienta a personalidade para simples aceitação intelectual de determinadas verdades, que permanecem, todavia, estéreis e improdutivas.
Longe disso, reconhecemos a exata posição do dogma na vida religiosa e a imprescindível necessidade da defesa da doutrina como uma das condições essenciais para o estabelecimento daquela vida. Este é o real ensino de Cristo.
Assim sendo, queremos a nossa posição no seio do Evangelismo nacional se caracterize por uma atitude construtiva e de defesa aos princípios fundamentais do Cristianismo, tais como entendem a Confissão de Fé e os Catecismos de Westminster (tradução brasileira).
Pregando ardorosamente o Evangelho de Cristo aos pecadores, como sendo este Evangelho (a doutrina) o único meio de conduzir os homens a Cristo - o Salvador, cerraremos fileiras em torno da ortodoxia e montaremos guarda, sempre alerta, à sua conservação integral. Por isso, queremos ser chamados presbiterianos conservadores.
O que Cremos?
Cremos, dentre outras verdades, que:
Jesus Cristo é o Rei e Cabeça da Igreja. Reúne em Si, eminentemente, todos os ofícios da Igreja; e à Sua majestade divina pertence o governá-la e ensiná-la pela obra do Espírito Santo e por meio das Escrituras do Antigo e Novo Testamento e, ainda, pela instrumentalidade do ministério dos homens. Como tal, conhece os dons necessários à existência e edificação da Igreja, provendo-a dos Oráculos Divinos, de ofícios e de ordenanças.
Desde a Sua ascensão, Jesus Cristo está espiritualmente com Sua Igreja; e, pelo Espírito Santo, aplica eficazmente os benefícios de Seus dons.
A Igreja subsiste em várias comunhões ou denominações, diferenciadas por peculiaridades de doutrina e organização. São legítimos ramos da Igreja de Cristo todas as comunhões que mantêm em seus símbolos doutrinais dogmas expressos estabelecendo o seguinte: a aceitação das doutrinas contidas no Credo Apostólico, a Inspiração da Bíblia na sua integridade como única regra de fé e prática, a Divindade de Jesus, a Salvação só por Cristo, a Imortalidade da alma, o Castigo Eterno dos ímpios; e, além desses princípios doutrinários, a pregação fiel da Palavra de Deus, a celebração permanente das ordenanças cristãs e um padrão de vida moral mantido pelo exercício da disciplina bíblica. (Constituição e Ordem, arts. 4º – 6º).
Nossos padrões doutrinários e de governo:
A Igreja tem as Escrituras Sagradas do Antigo e Novo Testamentos como a única regra de fé e prática, adota o regime presbiteriano de governo, aceita os Símbolos de Westminster (Confissão de Fé, Catecismo Maior e Breve Catecismo, tradução brasileira) como seu sistema doutrinário e rege-se pela sua Constituição e Ordem.
Tem como princípio denominacional o reconhecimento de que a adoção rigorosa e a defesa intransigente das doutrinas reveladas nas Sagradas Escrituras, e sistematizadas nos Símbolos de Fé por ela aceitos, constituem a base fundamental de toda a vida cristã, o motivo único e permanente de sua pregação e o caminho natural de conduzir o homem à salvação em Cristo. É, pois, uma igreja rigorosamente ortodoxa; e, por força disto, declara incompatível com a profissão de fé evangélica a aceitação de qualquer sistema filosófico ou religioso que pretenda atingir os mesmos objetivos do Cristianismo por outros meios que não sejam apenas os estabelecidos pela Palavra de Deus (Constituição e Ordem, Introdução Geral, 2 e 3).