“O meu socorro vem só do Senhor!”
18 de julho de 2019“Verdade e Vida”
20 de julho de 2019“O perigo de desejar mais o agrado dos homens que agradar a Deus” (1 Samuel 15. 24-30)
Essa é a nossa terceira e última meditação no capítulo 15 do 1º livro de Samuel, através do qual temos proposto mostrar alguns passos que levam à decadência espiritual. No contexto do capítulo em voga, Saul é chamado para uma missão específica, derrotar os amalequitas, inimigos do Senhor. Sem dúvida essa seria uma vitória fácil, pois o próprio Deus estava à frente. O rei deveria apenas seguir as ordens de Deus, assim, não voltaria apenas vitorioso, como também, receberia o favor do seu Deus. Contudo, seduzido pelos seus próprios desejos carnais, Saul ignorou a vontade de Deus. Agindo por conveniência (1º passo para a decadência espiritual), poupou a vida do Rei Agague e dos seus melhores animais (vv. 1-11); consequentemente, cheio de orgulho (2º passo para a decadência espiritual), se retirou, pós-vitória, para o Carmelo, onde construiu um momento para sua própria honra e, respondeu a repreensão do profeta com mentiras e desculpas infundadas (vv.12-23). Como resultado, Saul foi rejeitado pelo Senhor.
Triste já seria a história de Saul se terminasse por aqui. Mas o restante do capítulo 15 continua a revelar onde sempre esteve o coração do rei. Na última parte do texto de 1º Samuel 15, nos versos 24 e 25, temos a sensação momentânea de que Saul havia reconhecido o seu pecado, e então, humildemente, rogado pelo perdão, ouça: “Então, disse Saul a Samuel: Pequei, pois transgredi o mandamento do SENHOR e as tuas palavras; porque temi o povo e dei ouvidos à sua voz. Agora, pois, te rogo, perdoa-me o meu pecado e volta comigo, para que adore o SENHOR”.
Contudo, os versos que seguem (26 a 31) parecem apontar que o reconhecimento do pecado e o pedido por perdão não passaram de mais uma estratégia de Saul, a fim de conseguir seus objetivos carnais. Pois no v. 24: “Saul revela que temia mais o povo que ao próprio Deus”; no v. 25: “Sua preocupação está em conseguir o favor do profeta”; nos vv. 26 e 27: “ao ter o favor negado, Saul brutalmente rasga as vestes do profeta Samuel”; na primeira parte do v. 30: “Ele revela que deseja ser honrado diante dos anciãos, e de Israel”; e depois, ainda no v. 30: “o rei insiste pedindo o favor do profeta”. Percebeu onde estava o coração de Saul? Todos os seus esforços são em busca da sua própria glória. O maior temor do seu coração não era pelo Senhor! Sua maior motivação, não era a glória de Deus.
Assim ele estava com o coração petrificado, os olhos cegos e a alma aprisionada nas cadeias do seu ego. Saul continuou distante de Deus, dominado pelo orgulho e com o desejo ardente pelo agrado de homens o rei foi reprovado.
Portanto, queridos irmãos, precisamos olhar para o que está registrado sobre Saul e suas atitudes que desagradaram a Deus e avaliarmos o nosso coração. Devemos nos perguntar: Qual a real motivação que nos leva a trabalharmos na obra do Senhor? A quem temos temido, a Deus ou aos homens? O que temos buscado, a glória de Deus ou a nossa própria glória? Qual o desejo do nosso coração, agradar a Deus como servos Seus, ou ser agradado por Deus e o seu povo? Que após essas indagações, nos voltemos a Cristo e o imitemos conforme somos chamados em Filipenses 2.5-8: “Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz”.
Roguemos para que Deus na sua infinita misericórdia não nos trate como merecemos, que na sua excelsa graça Ele nos transforme afim de que nossa vida seja um sacrifício vivo, santo e agradável em sua presença para que assim não caminhemos rumo à decadência espiritual, antes, que espelhemos cada dia mais claramente a imagem no nosso Salvador, Jesus Cristo. Amém!
Que o Senhor Jesus conceda um ótimo dia a você e toda a sua família.
Rev. Roney Pascoto