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“Percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando toda sorte de doenças e enfermidades entre o povo.” (Mt 4.23)
O contexto religioso nos dias de Jesus não era muito diferente do nosso, visto que a natureza humana continua a mesma. Jesus precisou organizar um método de trabalho para alcançar o seu propósito. Mateus enfatiza que Cristo percorreu toda região à sua volta anunciando as boas novas, tendo como base três atividades principais; ensinando, pregando e, curando. Vejamos cada uma destas atividades.
I- “Ensino” (didática, instruir) – É equivalente a comunicar uma informação mais detalhadamente. Os mestres visitantes podiam falar nas sinagogas, contudo, vale destacar que até então, Jesus era um mestre desconhecido, pois estava apenas iniciando o seu ministério público, mas ainda assim, consegue fazer exposições, provavelmente por trazer uma proposta nova e que certamente atraía a atenção dos ouvintes, embora tenha despertado a ira da liderança de então, a exemplo de escribas e fariseus. Quando o assunto diz respeito ao ensinamento de Jesus, é bom destacar que ele não procurou apenas transmitir conhecimento, mas pelo seu ensino buscou inflamar o coração dos seus ouvintes. A intenção deste ensinamento não era levar os seus ouvintes a criarem gordura, após impactados pelo evangelho do reino, deveriam ser agentes missionários (Cf. At 1.8), como veremos a seguir.
II – “Pregando” – Esta atividade tomou o maior tempo de Jesus – “proclamar entre outros” – O tema principal – as boas novas do reino. Cristo não perdia oportunidade para dar esta ênfase. Ele estreitava a relação com os seus ouvintes para suprir as suas necessidades, ele agia intencionalmente. Não o vemos fazendo distinção entre aqueles que são socialmente aceitos em detrimento dos que viviam às margens da sociedade. Não havia tratamento diferenciado, pois a todos o evangelho era ofertado igualmente. Se o ensino visava fortalecer e fundamentar o corpo, a proclamação por sua vez, tinha como propósito a expansão do reino, e para alcançar tal intento, ele entra na casa de pecadores, estabelece diálogo com prostituta, corrupto, bem como pessoas muito religiosas. Não existe outra maneira de espancar as trevas, o evangelho é a única ferramenta capaz de operar eficazmente no coração do pecador e Jesus sabia muito bem disso. No Antigo Testamento se dizia: Venham ao templo contemplar a sua beleza, mas agora é dito ide – vamos, vamos – precisamos construir relacionamentos no intuito de levar os que nos cercam a desfrutar do reino e isso só é possível por meio da pregação.
III- “Curando” – “servindo, ministrando” – Pregação e cura se entrelaçam no ministério de Jesus. Ele empregou todos os esforços para compartilhar das bênçãos espirituais com os seus ouvintes. Para Hendriksen os milagres operados por Jesus tinham um significado tríplice: a) Confirmavam sua mensagem (Jo 14.11); b) Revelavam que de fato era o messias das profecias (Is 35.5); c) Comprovavam que o reino já havia chegado porque o conceito de reino indica bênção para o corpo e para a alma, conforme podemos observar nas palavras de João: “Amado, desejo que te vá bem em todas as coisas, e que tenhas saúde, assim como bem vai a tua alma.” 3 Jo 1:2. É fato que Deus continua manifestando o seu poder na vida dos pecadores como sempre fez, porém, vale destacar que as ações realizadas por Deus visam sempre um propósito maior, ou seja, nenhuma cura tem um fim em si mesma. Mas aponta para o pecador a necessidade de um salvador.
Jesus respirou missões e a igreja é desafiada a proceder da mesma maneira. Aproveite as oportunidades e, se elas não aparecerem, crie. A igreja é o agente da missão. O método é simples, porém eficaz. Saiam dos seus espaços de conforto em busca dos pecadores, isso é expandir o reino.
Que o Senhor Jesus conceda um ótimo dia a você e toda a sua família.
Rev. Givaldo Santana