“De fato sem fé é impossível agradar a Deus” (Hb. 11.6)
20 de setembro de 2019
“A paz que vem de Deus”
22 de setembro de 2019
“De fato sem fé é impossível agradar a Deus” (Hb. 11.6)
20 de setembro de 2019
“A paz que vem de Deus”
22 de setembro de 2019
“Pregue bem alto!”
“Clama a plenos pulmões, não te detenhas, ergue a voz como a trombeta e anuncia ao meu povo a sua transgressão e à casa de Jacó, os seus pecados.” (Isaías 58:1).

O Senhor da aliança confiou ao profeta Isaías uma missão bastante pesada. Ele teria de confrontar o povo judeu que prestava cultos que não agradavam ao Senhor. Que tinha um coração duro e insincero.

Dentro do templo as pessoas eram dum jeito, mas fora, eram bem diferentes. O templo mais parecia um esconderijo onde iam somente para planejar os passos iníquos que dariam. O profeta Isaías tinha de lidar com esse povo que levantava as mãos no culto, mas delas é como se escorressem sangue por causa da quantidade absurda de atitudes reprováveis e ímpias que esses adoradores cometiam.

O profeta Jeremias pregava para esse povo que respondia a ele sem rodeios: Não andaremos no caminho do Senhor! E que também dizia: Não ouviremos aos alertas do Senhor! O profeta Ezequiel pregava para esse povo que achava que suas exortações eram lindas declarações elogiosas e não se importavam com o chamado ao arrependimento dos seus pecados. O profeta Joel pregava que era preciso rasgar os corações no lugar das roupas, pois Deus queria quebrantamento, mas o povo não se importava. O profeta Miqueias pregava contra a superficialidade da adoração a Deus, mas o povo reclamava questionando com petulância: Nossa! Mas, o que mais Deus quer da gente? O profeta Isaías recebeu de Deus a missão de pregar para esse mesmo povo. E deveria fazer com ousadia e determinação. Deus ordenou ao profeta: “Clama a plenos pulmões, não te detenhas, ergue a voz como a trombeta”.

A transgressão e todos os pecados deveriam ser denunciados pelo profeta. Contra isso ele deveria pregar. O tempo era complicado, os judeus não respeitavam a aliança com o Senhor, suas vidas cotidianas destoavam e muito do que mostravam enquanto religiosos. A situação do povo da aliança era de calamidade. O Senhor estava triste com Seu povo escolhido e queria que este fosse exortado a se arrepender, a deixar seus pecados e a mudar seu coração, suas atitudes, seu comportamento e seu modo de prestar serviço a Deus.

O pregador Charles Spurgeon escreveu: “Há pecado até na nossa santidade, há incredulidade na nossa fé; há ódio no nosso próprio amor; há lama da serpente na mais bela flor do nosso jardim”. Ou seja, se tem algo que não podemos sequer mencionar, é que somos perfeitos em qualquer coisa que somos ou que façamos. Nesse processo de santificação no qual estamos temos de fazer morrer nossa natureza pecaminosa todos os dias e temos de nos esforçar e muito para dar vida às novas criaturas que somos em Cristo. Na Palavra de Deus lemos muitas exortações para que não caiamos nisso, para que não façamos determinada coisa, para que fujamos disso ou daquiloutro. Existem muitas placas de “cuidado”, de “perigo”, de “fuja da aparência do mal” espalhadas por toda a Bíblia. A questão é: até que ponto aceitamos essas exortações e as acatamos?

Penso que estamos vivendo dias muito difíceis nos quais a tarefa de subir ao púlpito para entregar o recado divino nos causa até aflição. Não são poucas as vezes em que ouvimos críticas porque gritamos no sermão ou porque falamos dum modo muito duro. Alguns dizem que batemos demais. Alguns dentre o rebanho chegar a pedir que preguemos palavras de consolo, palavras que elogiem, em vez de pregarmos contra pecados.

Penso que a árdua tarefa que Isaías recebeu de pregar bem alto contra o pecado do povo da aliança está valendo para os pregadores ainda hoje.

A todos que têm se dedicado a esse santo encargo de pregar a Palavra de Deus, recomendo que se preocupem apenas em serem achados fieis por Deus. Que se preocupem em obedecer ao Deus que os chamou e não aos homens. Os senhores almejaram e estão desempenhando uma excelente obra, portanto, realizem-na como trombetas que precisam enunciar os alaridos contra o pecado.

A todos quantos têm tido algum tipo de dificuldade para ouvir, para prestar atenção e para aceitar as exortações da Palavra de Deus, digo, repensem essa sua atitude. Abram bem seus ouvidos e retenham o máximo da santa exortação que vem do Senhor para o seu bem, sua edificação e sua salvação.

Que Deus nos capacite para sigamos com dedicação, humildade e obediência essa missão que nos deu de anunciarmos ao Seu povo a Sua vontade.

Que o Senhor Jesus conceda um ótimo dia a você e toda a sua família.

Rev. Heli Donizeti