“Qual, pois, a Razão da Lei?”

“Preservando o Valor do Evangelho”
7 de agosto de 2019
“Conhecendo a Deus (3)”
9 de agosto de 2019
“Preservando o Valor do Evangelho”
7 de agosto de 2019
“Conhecendo a Deus (3)”
9 de agosto de 2019
“Qual, pois, a Razão da Lei?”
“De maneira que a lei nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo, a fim de que fôssemos justificados por fé” (Gl 3.24)

Qual a razão da lei? Vivemos em um período de um crescente e acentuado desprezo pela lei de Deus. Alguns a desprezam por ignorância, outros por rebeldia, outros ainda por acreditarem que vivemos no período da graça e que por essa razão aqueles que estão em Cristo, não estão mais sujeito a lei.

Afinal qual a razão da lei? No versículo que lemos, encontramos Paulo ensinando, para os crentes da Galácia, que viviam no “período da graça”, a razão na lei. Ele faz isso chamando a atenção à palavra “aio”, tradução da palavra grega “paidagogós” (que dá origem à nossa palavra pedagogo).

De modo geral, o pedagogo dos dias de Paulo (século I) era um “servente (escravo)” que trabalhava como “guia de custódia” ou “líder da criança”. Seu dever era duplo: 1º) Fiscalizar “o comportamento dos meninos”, reportando suas falhas à família; 2º) Conduzir as crianças “para a escola”. Em algumas ocasiões o pedagogo do 1º século era visto “como uma figura repressora”.

Diante desse contexto o apostolo pergunta no v. 19: “Qual, pois, a razão de ser da lei? Respondendo na sequência: “Foi adicionada por causa das transgressões, até que viesse o descendente a quem se fez a promessa, e foi promulgada por meio de anjos, pela mão de um mediador”. Assim, Paulo nos ajuda entender a razão da lei.
Qual a razão da lei? Aprendemos:

1º) A lei “foi adicionada por causa das transgressões” (v. 19). A ideia é ensinar que a lei instrui, refreia e condena todo tipo de transgressão. Ela instrui sobre o padrão de santidade requerido por Deus, sobre a natureza, forma e consequências do pecado na vida do homem.

2º) O papel pedagógico da lei é temporário: “até que viesse o descendente a quem se fez a promessa” (v. 19). Paulo enfatiza essa temporalidade pedagógica da lei no v. 25, onde afirma que “tendo vindo a fé, já não permanecemos subordinados ao aio” (v. 25).

É verdade que vivemos no período da graça. Fomos chamados pela graça, somos salvos pela graça, devemos viver pela graça, etc. Mas só conhecemos a graça, Cristo, e nela estamos porque a lei a ela nos levou.

A lei de Deus é santa e tem um excelente propósito. Alias, como tudo que provém de Deus. A lei de Deus confronta diariamente as nossas ações; revela a nossa incapacidade de cumpri-la e mostra que precisamos, urgentemente, de Cristo. “Como são felizes os que andam em caminhos irrepreensíveis, que vivem conforme a lei do Senhor!” (Sl 119.1).

Rev. Roney Pascoto