“Somente Cristo” (Atos 17:16-34)

“Glória somente a Deus”
31 de outubro de 2019
“Somente a Graça”
2 de novembro de 2019
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“Somente a Graça”
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“Somente Cristo” (Atos 17:16-34)
“Porquanto estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça, por meio de um varão que destinou e acreditou diante de todos, ressuscitando-o dentre os mortos” (v 31).

O advento da Reforma Protestante se encarregou de resgatar aspectos essenciais da teologia. Razão pela qual os reformadores se viram na obrigação de enfatizar ensinos que devido ao desprezo às Escrituras se perderam com o passar do tempo. Os Cinco Solas surgiram em um período posterior a Reforma e tinham como objetivo reforçar aquilo em que a igreja reformada acreditava em meio aos constantes ataques. Só a Graça, Só a Fé, Só as Escrituras, Só Cristo e só a Deus Glória. Estes pontos passariam a ser o principio norteador dos ramos que comporiam a fiel igreja de Cristo.

Dentre os cinco pontos darei ênfase no “Somente Cristo”. A razão pela qual este ponto foi reforçado tinha como objetivo refutar aquela postura da igreja católica que defendia, assim como é hoje, que existem muitos mediadores a exemplo de Maria, entre o homem e Deus.

Vale lembra que, à luz das Escrituras, pensar em Cristo apenas como aquele que veio para redimir o pecador, é uma forma reducionista de ver a sua obra redentora, pois ele é apresentado no texto bíblico como a “PERFEITA SHALOM”, isto é, a perfeita harmonia de todas as coisas, assim como era no principio: “viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom” (Gn. 1.31). É dentro desta perspectiva que Cristo é anunciado pelo profeta Isaías como o príncipe da paz (Isaías 9.6). “… e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz”.

Se é fato que a obra de Cristo não pode ser vista de forma reducionista, logo, é preciso abrir o leque para se ter uma visão abrangente do todo, sendo assim, precisamos ter em mente quatro aspectos, a saber: criação, queda, redenção e consumação.

No texto acima citado o apóstolo Paulo apresenta estes pontos de forma bastante clara: A) Criação v, 24-28 “O Deus que fez todo o mundo..” v, 24 “pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos …” v, 28. B) Queda “… não devemos pensar que a divindade é semelhante ao ouro, a prata ou à pedra” v, 29. C) Redenção “agora, porém, notifica aos homens que todos, em toda parte, se arrependam”. D) Consumação “Porquanto estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça, por meio de um varão que destinou e acreditou diante de todos …”v, 31.

Dentro desta abordagem feita pelo apóstolo, o teólogo Abraham Kuyper diz: “Não há um centímetro quadrado deste mundo do qual Cristo não possa dizer: É meu”.

É por todos os aspectos elencados acima, que afirmamos que a redenção operada por Cristo não está restrita aos pecadores, mas abrange todo o cosmos. Além disso, vale relembrar que não somos coparticipantes da redenção, visto que foi operada tão somente por Cristo na cruz e, por isso, somos apenas proclamadores dos poderosos feitos de Deus por meio do seu Filho amado.

Como vimos, somente o sacrifício cruento de Cristo foi capaz de satisfazer a justiça do Pai, portanto, nada e nem ninguém pode substituir este ELO, ele é único redentor e mediador através do qual todas as coisas estão sendo restauradas e é ele quem também pode restaurar a tua vida.

Rev. Givaldo Santana