“Agindo eu, quem o impedirá?”

“Ainda antes que houvesse dia, eu era; e nenhum há que possa livrar alguém das minhas mãos; agindo eu, quem o impedirá?” (Isaías 43.13)

No contexto da passagem lida o Senhor apresenta-se como o libertador de Israel, ao longo do texto o Deus soberano relembra a forma como sustentou os antepassados deste povo e compromete-se a continuar agindo em favor daqueles que nele depositarem confiança. Este é sempre um desafio para o coração vacilante, pois basta o homem vislumbrar algum êxito e logo o seu coração vaidoso arroga para si a vitória. Mas têm também aqueles que institivamente, a exemplo do avestruz, que se vendo ameaçados pelas circunstâncias enfiam a cabeça no buraco.

A respeito de tudo o que foi dito observe: “Ainda antes que houvesse dia, eu era”. Isto é simplesmente maravilhoso, pois fica claro que a situação de prostração de Israel não define o Senhor, visto que Ele simplesmente é! Incorremos no grave erro de querer definir o SER de Deus a partir da nossa vivência. Por exemplo, se as coisas nos vão bem logo exclamamos: como Deus é amoroso! Mas se por outro lado enfrentamos momentos difíceis o acusamos de ser indiferente. Portanto, a nossa vivência não é parâmetro para definir aquele que já é antes mesmo da raça humana vir à existência.

“E nenhum há que possa livrar alguém das minhas mãos”. Você não consegue vislumbrar esta ideia a menos que seja de uma perspectiva espiritual. É importante você ter em mente que estas palavras foram ditas para pessoas que estavam com medo de serem alcançadas pelos inimigos e de serem levadas de sua terra para uma terra estranha. Tinham medo do cativeiro que estava por vir. Muitas delas, provavelmente, estavam sem esperança de que pudessem se ver livres dos perigos e dos males que traria uma invasão inimiga. E a tarefa de Isaías consistia em fazer Israel tirar os olhos da situação de prostração e de medo em que estava e confiar no livramento do Deus eterno.

Chegamos agora a uma expressão bem conhecida no meio do povo de Deus: “agindo eu, quem o impedirá?” Olha só que coisa fantástica, muito acima da tão poderosa e temida Babilônia está o Senhor. Ele diz na sequência do texto: “Eu sou o SENHOR, o vosso Santo, o Criador de Israel, o vosso Rei” (v. 15). É ele quem levanta e derruba reis. Não existe comandante que seja páreo para o SENHOR DOS EXÉRCITOS. Por esta razão Israel deveria despertar e passar a ser guiado pela fé e não pelo medo. O socorro estava a caminho, era preciso apenas confiar e observar o agir do SENHOR.

Alguém já disse que quando estamos no olho do furacão, não conseguimos enxergar a luz no fundo do túnel. Vivemos dias difíceis, porém te desafio a tirar os olhos das circunstâncias e focar tão somente no Senhor, pois quando Ele age, não tem gigante que fique de pé. Não diga para Deus que você tem grandes problemas, mas reaja diante dos seus problemas crendo que você está sob os cuidados do grande e poderoso Deus.

Que o Senhor Jesus conceda um ótimo dia a você e toda a sua família.

Rev. Givaldo Santana (Pastor na IPC de Birigui – SP)