“No que se baseia a salvação dos eleitos por Deus?

Que Deus nos ajude para que cuidemos bem do nosso coração!
22 de junho de 2020
“Você é abençoado?”
24 de junho de 2020
“No que se baseia a salvação dos eleitos por Deus?

“Ele entrou de uma vez por todas nos lugares santos, não por meio do sangue de cabras e bezerros, mas por meio do seu próprio sangue, garantindo assim uma redenção eterna”. (Hebreus 9:12).

Havia três importantes ofícios no Israel antigo e são eles: Profeta, Sacerdote e Rei.

Os Reis eram aquele que governavam a nação. Num sistema monárquico, quando um rei morria, o filho mais velho assumia o reinado em seu lugar.

Houve reis bons e reis maus na história de Israel. Alguns andaram com Deus, mas a grande maioria fez o que era mau aos olhos do Senhor.

Havia os profetas que eram aqueles homens chamados por Deus para entregar mensagens que Deus lhes entregava por meio de sonhos e visões do que poderia ou haveria de acontecer num futuro próximo ou distante, a fim de que o povo pudesse endireitar os seus caminhos e ter as bênçãos confirmadas, ou se preparasse para o sofrimento caso permanecesse no erro. Profetas não eram agoureiros, eles anunciavam o que Deus já havia lhes anunciado que iria acontecer.

Havia os Sacerdotes e sumo sacerdotes que eram aqueles que representavam o povo diante de Deus, no Tabernáculo, oferecendo os sacrifícios do povo ao Senhor, para que os seus pecados fossem perdoados e o seu culto fosse aceito. Mas antes, porém deles apresentarem sacrifícios pelo povo, eles tinham que oferecer sacrifícios por si mesmos, pois eles também eram pecadores e imperfeitos. Os sumos sacerdotes tinham um privilégio maior que os sacerdotes, no que diz respeito ao seu papel quanto ao desempenho deste ofício, pois uma vez por ano, eles entravam no lugar mais santo do Tabernáculo ou do templo, no dia de chamado de “yon kippur”, dia da expiação. Conforme expressa Stanley Elissen – no livro, Conheça melhor o Antigo Testamento – “Este dia era reservado para o lamento pessoal de qualquer dos pecados não confessados […] realçado por uma cerimônia nacional que simbolizava aquela confissão e a obra de Deus em mover aqueles pecados através de dois bodes. A preparação para esse ritual exigia a oferta de um novilho para a cerimônia de purificação do sumo sacerdote a fim de que ele pudesse executar esse santo dever de entrar na presença de Deus no Santo dos Santos. Lançavam-se sortes e um bode era escolhido para ser sacrificado ao Senhor. Enviavam o outro para “Azazel” (ou destruição), como Bode expiatório. O bode sacrificado simbolizava os “meios de expiação”, um substituto adequado, e o bode expiatório, a “consequência da expiação”, a remoção dos pecados. Somente nesse dia, de “yon Kippur” o sumo sacerdote entrava no Santo dos Santos, uma vez por ele mesmo e uma vez pelo povo.

É bom parar periodicamente e lembrar que Jesus. O Simbolismo dos dois bodes cumpriu-se com a morte de Cristo na cruz: como “bode sacrificado” ele é o cordeiro que com seu sangue, tornou-se propiciação (satisfação) perante Deus pelos nossos pecados, abrindo-nos o caminho até à presença do Pai. Como “bode expiatório”, ele tornou-se o “cordeiro de Deus” tirando o pecado do mundo.

É preciso dizer que ele veio e foi desprezado. Mas, ele não apenas cumpriu fielmente o seu ministério como fora esperado pelo Pai, mas satisfez o duplo propósito, como relata Isaias 53, ao afirmar que “ele, como ovelha muda foi levado ao matadouro; ele levou sobre si os nossos pecados”. Ele foi morto. Entretanto, ressurreto, continua como o Grande Sumo Sacerdote e concretizou a redenção de seu povo de uma vez por todas, por meio do seu sacrifício único, eficiente e eficaz e, vencendo a morte e a cruz, entrou de uma vez por todas no santo dos santos. Sim! “Ele entrou de uma vez por todas.” Ele já salvou aqueles que vêm a Ele e confiam nEle com suas vidas. Isso significa que não há necessidade de mais sacrifícios expiatórios (da nossa parte). O pagamento pelo pecado foi realizado e a Justiça Santa do Santo Deus fora satisfeita.

Então, é tolice continuarmos pensando que devemos “fazer mais” para sermos salvos. E aqui está a base da Salvação: Jesus fez tudo o que era necessário! Nós não conquistamos a salvação, nós a recebemos.

Assegurando uma redenção eterna, o que Jesus fez torna possível que as pessoas pecadoras como nós se apresentem diante do Deus Santo, inculpáveis e sem manchas. em nossa conta espiritual, ele pagou a dívida PARA SEMPRE. Nós não somos perdoados simplesmente por hoje, mas por toda a eternidade!

Importa dizer, porém, que esses benefícios não são dados a todos. São dados àqueles que vêm a Cristo, trazidos pela misericórdia e graça do Pai em arrependimento e fé. É para aqueles que o tem com Senhor de suas vidas. É para aqueles que têm suas vidas dominadas e regidas por ele e não para aqueles que acham que podem, por si mesmos se guiarem ou conduzirem o seu próprio destino. É para aqueles que, mesmo quando não sabem para onde estão indo, confiam, pois sabem que podem confiar no que Ele está fazendo.

Humilhe-se em arrependimento por achar que seus méritos são a base para a sua salvação. Seja grato a Deus em Cristo Jesus. “Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que por tradição recebestes dos vossos pais, mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado”. (1 Pedro 1:18,19)

Saia da esteira de tentar ser “bom o suficiente” por si mesmo e corra para Jesus, que deu a vida para o resgate e perdão de pecadores assim como eu e você.
Que Deus abra os seus olhos lhe faça grato, porque a salvação vem pela graça e não de suas obras para que você não se glorie.

Que o Senhor Jesus conceda um ótimo dia a você e toda a sua família.

Rev. José Serra (Pastor na 2ª IPC de Goiânia – GO).