“Bendize oh minha alma ao Senhor”
21 de junho de 2019“Seguro Estou!”
23 de junho de 2019“Mudança de Hábito (3)”
Mudança de hábito implica em mudança de comportamento, de fala, de ação. É um rompimento com o padrão segundo a natureza pecaminosa e um viver em conformidade com a Lei e a vontade de Deus. Embora o rompimento, enquanto estivermos neste mundo não seja total, ele deve ser uma realidade dia a dia na vida de todo aquele que se diz cristão. “Os que pertencem a Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e os seus desejos” (Gl 5.24). Se alguém diz que é de Cristo, mas não morre para o pecado, é porque ainda não passou pela experiência da conversão a Deus.
Mudança de hábito implica em abandono da mentira. “Portanto, cada um de vocês deve abandonar a mentira e falar a verdade ao seu próximo, pois todos somos membros de um mesmo corpo” (Ef. 4.25).
Por que abandonar a mentira? Uma razão é que a mentira tem como pai o Diabo. “Vocês pertencem ao pai de vocês, o Diabo, e querem realizar o desejo dele. Ele foi homicida desde o princípio e não se apegou à verdade, pois não há verdade nele. Quando mente, fala a sua própria língua, pois é mentiroso e pai da mentira” (Jo 8.44). Outra razão é que onde há mentira não há edificação. Como pode haver crescimento onde não há verdade?
“Falar a verdade” não significa dizer o que se pensa. As Escrituras têm muitas recomendações sobre a importância de falar moderadamente e com o propósito de promover a edificação. “Quando são muitas as palavras, o pecado está presente, mas quem controla a língua é sensato” (Pv 10.19). “Meus amados irmãos, tenham isto em mente: Sejam todos prontos para ouvir, tardios para falar e tardios para irar-se” (Tg 1.19). “Falar a verdade” implica em falar o que convém à sã doutrina e o que for para a edificação da Igreja de nosso Senhor Deus.
Outra razão para falar a verdade é que “somos membros de um mesmo corpo”. Corpo é uma referência à Igreja. A Igreja é composta por pecadores que, pela graça e misericórdia de Deus, foram remidos do pecado, libertos da ira de Deus, da condenação e da culpa do pecado. Ora, se um membro do corpo não anda de acordo com a Lei e a vontade de Deus, certamente todo o corpo sofrerá.
A quem falar a verdade? “E falar a verdade ao seu próximo” (Ef 4.25). É muito provável que o próximo é um irmão em Cristo. Alguém que foi comprado pelo mesmo sangue de Jesus e que tem Deus como Pai e em quem o Espírito Santo habita. Todavia, isso não significa que, para aqueles que não são de Cristo, é permitido mentir.
É interessante observar que Paulo enfatiza que “abandonar a mentira e falar a verdade” é uma atitude individual: “cada um de vocês”. Em momento algum é dito que todos os cristãos têm problemas com a mentira, mas todo aquele que tem problemas em relação à mentira, uma evidência da mudança de hábito é o abandono da mentira.
Ser praticante da mentira conduz a um fim trágico: “Mas os covardes, os incrédulos, os depravados, os assassinos, os que cometem imoralidade sexual, os que praticam feitiçaria, os idólatras e todos os mentirosos – o lugar deles será no lago de fogo e enxofre. Esta é a segunda morte” (Ap 21.8).
Mudança de hábito! Somente é uma verdade quando há o abandono da mentira.
Que o Senhor Jesus conceda um ótimo dia a você e toda a sua família.
Rev. José Paulo Brocco